quinta-feira, 26 de novembro de 2009



Olá outra vez.

Eu descobri a nostalgia mesmo quando não sabia que essa palavra era usada comumente em português. Quer dizer, meu primeiro contato com ela fora em inglês, mas eu era muito guri. ...
Então, minha nostalgia sempre foi doente: porque eu sentia (e sinto) saudade de coisas que eu não vivi, de repente acionado por uma foto vista, uma canção dos anos 50, um filme dos anos 80.


Saudade eu não tenho. Porque a maioria das coisas que lembro há uma carga enorme de fantasia, chega a um ponto que vc se pergunta o que foi real ou não daquilo que vc está a (se) relatar, talvez.

(E uma saudade me faria sofrer.)

Eu, até horas atrás, não sabia que data era hoje, assim como não sei os feriados, nem o aniversário dos amigos, quiçá familiares. Pessoas dizem que são minhas amigas(os)... eu aceito, e vou levando até quando elas(es) permitem. Da mesma maneira, como, quando alguém me traz/faz um elogio: eu ouço.

E eu não tenho coração. Devo ter algo que envolva/expresse 'prazer' no lugar, esse mesmo lugar que o povo diz que o bendito musculo deve ficar a bombear. 'Prazer' ao chorar com uma canção cantada por uma voz caricata (Jackson, Aznavour, George Michael, Streisand), ou dançar para provocar dores nas costas até eu não consegui dormir direito e pedir a morte... Na verdade parece que o 'prazer' (de ter 'prazer') me move, até nos atos que parecem mais dignos e comuns e comoventes e nobres.

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Meus abraços favoritos são abraços com beijo no rosto ao mesmo tempo. Mas há restriçoes morais. E meu rosto tem marcas, acnes passadas.Então, aperto a mão; quando aperto a mão de alguém costumo apertar com uma e usar a outra por cima para mostrar o quão ela é importante pra mim.

E-mail a w.c.s.: 26.11.09

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"Mas tudo que eu posso te dar é solidão com vista pro mar... ou outra coisa pra pensar" - Alvin L (eu não sei dançar)

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