Olá
Amigo, ou cumplice, como prefere?
Por algum motivo acho que vamos nos encontrar, digo fisicamente, ao vivo. Só não sei no que vai dar, não quero pensar na possibilidade de nos odiarmos, ou perder a graça que temos alimentado durante esses anos de amizade/relação/afetuosidade online. Que venha, então. Essa é uma carta, então deixe eu escrever até cansar.
Nesse momento estou na faculdade; pensando em como fazer dois trabalhos. Devem mesmo ser feitos, não posso nem quero ficar em recuperação. Preciso falar de identidade nacional em O Guarani, de Alencar --quando nem eu sei da minha concepção de identidade... rs. (Just dance, gonna be okay, dance...). O outro é sobre Navio Negreiro + Cadernos Negros, ambos da mesma disciplina: A literatura brasileira e a criação da nacionalidade.
Eu tenho gostado de algumas coisas por aqui. Só coisas: matérias, capítulos, capas, docentes; não pessoas. Por que? Porque as que encontrei eram sem grandes atrativos para mim. Então prefiro conservar as que já tenho, ou melhor, as quais eu me doei (o receptor desta é uma delas). Sabe porque, também? Intimidade. Ou o processo de adquirí-la mutuamente. E no fim de tudo, as pessoas não podem ser coisificadas (okay, isso ficou um tanto vago, mas que prossiga).
Bom que vc me ligou. Eu nunca te ligo; ainda bem que vc não me usa como padrão; eu só faço ligar vc a musicas, filmes, fotos que me tentam a dividir com alguém; além de cartas que escrevi e nunca chegarm ao destino.
Hoje eu completo 22 anos (minha família, amigos, círculo nunca usou 'primaveras', eu só fui ver na TV, quando não tinha mais graça.)Mas eu me sinto tanto com 13 quanto com 21. Não sei quando perceberei como é agir (ou foi) ao se ter 22 (in English, being 22). Não haverá bolo para os amigos, até porque eu não tenho muitos (e está Ótimo assim) e os queridos (porque realmente são por mim) estão em cantos diversos. Talvez, daqui a meia hora eu compre uma fatia de bolo, cante 'Bonn Anniversaire', de Charles Aznavour e fique feliz. Não, não esquecerei de 'Happy Birthday to Ya'. Abandonar o inglês agora, não sei, melhor não. É melhor agente ficar com o que gosta e se dar bem, procurar se, porque o 'novo', naturalmente, trará novas dificuldades, mesmas ingrenagens problemáticas e problematizáveis.
Somos jovens. E é bom ser jovem quando se tem um amigo que possa-se chamar para viver qualquer bobagem, alegria, morte, bonança, desgraça (que fique longe, rs!) que possa aparecer. Que venha a vida. Que venha a vida, possível.
A minha palavra favorita, agora, hoje é 'Possibilities'.
P. S. Alimentado por Jessye Norman, Aznavour, Jackson (History) ultimamente. Na esperança de ler muitos autores de língua estrangeira que me foram recomendados. Talvez o começo seja Beauvoir. Seja o que for.
Sem mais (agora).
More to come, defenitely.
Pule no Rio
quinta-feira, 1 de julho de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
mimetical
queria escrever como a. p. maia. ou viver e escrever como s. nazarian, as vezes. que saco. duas metades inuníveis.
domingo, 25 de abril de 2010
Controle
Eu queria escrever um texto do qual não o olhasse depois e pensasse: “não gostei, esse não me agrada mais”. Essa atitude entrega o quanto oscilo, quero dizer, o que construo hoje, provavelmente, não me agradará amanhã –desde criança, noto. Isso, no entanto, é somente para a produção pessoal.
Com o trabalho do outro a situação difere um pouco. Em um amontoado de livros que teria, caso reunisse tudo que já li, sairia uns dez ou quinze: obras perenes, essenciais, que sobreviveram ao dia seguinte, ao crivo severo. O que teriam essas obras de tão especial? Estilo? Talvez não tanto, já que não seguiriam uma categoria: como acoplar Clarice Lispector, Sófocles, Pat Conroy, Herman Hesse Sartre numa mesma estante? Tema? Somente se eu dissesse que tratam da condição humana, mas a maioria dos autores o fazem, de certa forma.
O mais prudente a dizer é que tenho consideração por elas (as obras) porque são trabalhos que eu queria ter feito; ou que, no mínimo, neles me reconheço; prezo-as, então, porque não tenho alcance, não tive o alcance autoral.
Em relação as coisas que escrevo, continuo editando-as: um risco a caneta aqui, um corte lá, tenho total controle, alcance, isso, caso quisesse ser um escritor com pretensão de publicar, então, não seria bom.
Com o trabalho do outro a situação difere um pouco. Em um amontoado de livros que teria, caso reunisse tudo que já li, sairia uns dez ou quinze: obras perenes, essenciais, que sobreviveram ao dia seguinte, ao crivo severo. O que teriam essas obras de tão especial? Estilo? Talvez não tanto, já que não seguiriam uma categoria: como acoplar Clarice Lispector, Sófocles, Pat Conroy, Herman Hesse Sartre numa mesma estante? Tema? Somente se eu dissesse que tratam da condição humana, mas a maioria dos autores o fazem, de certa forma.
O mais prudente a dizer é que tenho consideração por elas (as obras) porque são trabalhos que eu queria ter feito; ou que, no mínimo, neles me reconheço; prezo-as, então, porque não tenho alcance, não tive o alcance autoral.
Em relação as coisas que escrevo, continuo editando-as: um risco a caneta aqui, um corte lá, tenho total controle, alcance, isso, caso quisesse ser um escritor com pretensão de publicar, então, não seria bom.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Aqui não tem Natal claro
Dialogo entre uma avó e uma neta, dia 30 de Dez. 2009
- Vó, liga pra mim o pisca-pisca...
- Não, minha filha, não!
- Vó...
- Liga,
- Não, infelizmente não posso porque o pisca-pisca tá puxando, sua vó não tem dinheiro. Esse ano você vai ficar sem pisca-pisca.
- Energia tá cara.
- Vó, liga pra mim o pisca-pisca...
- Não, minha filha, não!
- Vó...
- Liga,
- Não, infelizmente não posso porque o pisca-pisca tá puxando, sua vó não tem dinheiro. Esse ano você vai ficar sem pisca-pisca.
- Energia tá cara.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Olá outra vez.
Eu descobri a nostalgia mesmo quando não sabia que essa palavra era usada comumente em português. Quer dizer, meu primeiro contato com ela fora em inglês, mas eu era muito guri. ...
Então, minha nostalgia sempre foi doente: porque eu sentia (e sinto) saudade de coisas que eu não vivi, de repente acionado por uma foto vista, uma canção dos anos 50, um filme dos anos 80.
Saudade eu não tenho. Porque a maioria das coisas que lembro há uma carga enorme de fantasia, chega a um ponto que vc se pergunta o que foi real ou não daquilo que vc está a (se) relatar, talvez.
(E uma saudade me faria sofrer.)
Eu, até horas atrás, não sabia que data era hoje, assim como não sei os feriados, nem o aniversário dos amigos, quiçá familiares. Pessoas dizem que são minhas amigas(os)... eu aceito, e vou levando até quando elas(es) permitem. Da mesma maneira, como, quando alguém me traz/faz um elogio: eu ouço.
E eu não tenho coração. Devo ter algo que envolva/expresse 'prazer' no lugar, esse mesmo lugar que o povo diz que o bendito musculo deve ficar a bombear. 'Prazer' ao chorar com uma canção cantada por uma voz caricata (Jackson, Aznavour, George Michael, Streisand), ou dançar para provocar dores nas costas até eu não consegui dormir direito e pedir a morte... Na verdade parece que o 'prazer' (de ter 'prazer') me move, até nos atos que parecem mais dignos e comuns e comoventes e nobres.
***
Meus abraços favoritos são abraços com beijo no rosto ao mesmo tempo. Mas há restriçoes morais. E meu rosto tem marcas, acnes passadas.Então, aperto a mão; quando aperto a mão de alguém costumo apertar com uma e usar a outra por cima para mostrar o quão ela é importante pra mim.
E-mail a w.c.s.: 26.11.09
***
"Mas tudo que eu posso te dar é solidão com vista pro mar... ou outra coisa pra pensar" - Alvin L (eu não sei dançar)
"Então é isso."
Penúltima linha de um e-mail enviado hoje.
"Forte abraço mesmo para quem não gosta do toque."
"Forte abraço mesmo para quem não gosta do toque."
sábado, 10 de outubro de 2009
Blog da Garota #1
(estória a continuar a ser modelada)
Ela era viciada em coletar pequenos frascos que achava pelos cantos: amostras de perfume, bisnagas de pomada, colírios, coisas baratas. Viu que punha os achados numa caixa de sapatos, vedada com fita plástica transparente. A irmã mais velha possuia uma caixa também, mas ela não sabia o que tinha lá. A mãe sabia, devia saber, porque tinha dito que a irmã não escondia as coisas dela: "Filha não tem segredos com a mãe, não pode" (...)
copyright 2009
Ela era viciada em coletar pequenos frascos que achava pelos cantos: amostras de perfume, bisnagas de pomada, colírios, coisas baratas. Viu que punha os achados numa caixa de sapatos, vedada com fita plástica transparente. A irmã mais velha possuia uma caixa também, mas ela não sabia o que tinha lá. A mãe sabia, devia saber, porque tinha dito que a irmã não escondia as coisas dela: "Filha não tem segredos com a mãe, não pode" (...)
copyright 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Amor e hemácias (S.N.)
Esse espaço precisa de um pouco de sangue.
Eu ainda estou coletando, até que se tenha um resultado perante os olhos que estão meio mortos por causa do signo, é a primeira explicação que surge.
Até lá, é se manter sob o leucócito restante, e hemácias que poderão ser ofertadas por outros. Só digo que os objetos de coleta estão/vão limpos -- esterealizado, porém, só eu mesmo arrisco a ficar.
Antes de qualquer coisa não é nada ligado a vampiros --por enquanto penso que não, e espero que não venha a ser também. Muitos tão querendo vamps nessa safra. No supernatural here.
domingo, 31 de maio de 2009
C.L. / C.F.A. / E. D.
"E se ela/ele souber que já ando preso á (antes de ir)?"
Quem será o próximo mensageiro/entregador?
Quem será o próximo mensageiro/entregador?
Intimação E. D.
Uma intimação chegou semana retrasada a minhas mãos. Emily Dickinson entregou. Alguém com quem ela anda lado a lado quer ter comigo. Ou vou ou me prende, diz mais ou menos nas entrelinhas (penso eu). Antes Lispector tinha mandado algumas cartas de aviso, depois foram os recados claros de Caio F.
(...)
domingo, 12 de abril de 2009
Dent
"37 dentes. Isso aí". Ele avisou logo quando acabara de extrair um dos, sem dizer a ordem. Ordem, só a de voltar para extrair outro quando o buraco tapasse. "Enquanto tem gente que precisa de implates, esse cidadão tem ossos sobrando...", ele podia pensar, olhando a radiografia. "O 37º só com procedimento cirúrgico, está preso dentro da gengiva".
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Comentss
Comentário meu deixado no espaço do escritor/poeta/vivente baiano Wagner C. Santos. Para quem não o conhece, ele colabora semanalmente com o jornal Valença Agora na seção poética. Estuda hermenêutica e divide espaço/o quarto com sua máquina de escrever e livros diversos. Seu blogspot: AN-SEIO.
(...)
e quando começa-se a perceber o ato de sugar percebe-se intrinsecamente que não há mais utilidade, porque é o coração que está pingando, e ninguém está sugando; as gotas caem no chão e o ele já está espatifado. o coração decididamente está acima de qualquer anomalia. a vida foi espatifada por dedos sem rosto.
(...)
p.s.: essa não é a história/remake da suposta casa que sangrava.
"A arte é inútil. A casa é vital"
(O.W + T.S.C.)
(...)
e quando começa-se a perceber o ato de sugar percebe-se intrinsecamente que não há mais utilidade, porque é o coração que está pingando, e ninguém está sugando; as gotas caem no chão e o ele já está espatifado. o coração decididamente está acima de qualquer anomalia. a vida foi espatifada por dedos sem rosto.
(...)
p.s.: essa não é a história/remake da suposta casa que sangrava.
"A arte é inútil. A casa é vital"
(O.W + T.S.C.)
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
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